quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Santa Cruz Futebol clube contra a "tática do pivete"

 


Os batedores de carteira das grandes cidades têm uma tática bem inteligente na hora de dissimular seus roubos: quando passam a mão na carteira de algum pobre diabo e percebem que este o flagrou o delinqüente começa a gritar enquanto corre “pega ladrão! pega ladrão!” para disfarçar dos demais transeuntes a atenção de seu roubo e transmití-la para um roubo imaginário. No fim das contas o batedor de carteira sai ileso e o cidadão roubado nada pode fazer.
No futebol pernambucano os dirigentes do Sport Clube do Recife usam da mesma estratégia para tentar desestabilizar o campeonato e pressionar os árbitros a dar aquela ajudinha ao time vermelho e preto quando eles não conseguem ganhar sozinhos.  Esse ano o Santa Cruz começou razoavelmente bem o campeonato, vencendo 3 dos 4 jogos e mostrando superioridade sobre os adversários mesmo estando ainda longe do futebol ideal. Sabendo a pedreira que vão encarar pela frente os dirigentes rubro-negros, em especial um tal de Guilherme Beltrão, já começam a alegar um possível favorecimento ao Santa Cruz por parte das arbitragens. A intenção é pressionar a federação e os árbitros criando um clima de desconfiança para forçar futuros erros em favor do Sport. (entendeu a semelhança com o batedor de carteiras?)
Vamos aos fatos:
O Santa Cruz teve, em suas três vitórias no atual campeonato, jogadores adversários expulsos e 3 pênaltis marcados em seu favor (todos muito claros), eu gostaria bastante que alguém me mostrasse qual das expulsões de adversários não foi justa. Contra o Belo Jardim o defensor foi expulso por uma entrada desleal que se acerta o jogador era capaz de quebra-lhe a perna; contra o Serra Talhada o defensor puxou a camisa do nosso atacante impedindo um ataque em velocidade, tomou o segundo amarelo; contra o Ypiranga o volante Junior Terceiro foi expulso por dois amarelos (uma mão na bola dentro da área e uma falta em Natan durante um ataque do Santa Cruz).
Se o Santa vem ganhando jogos essa tática da direção rubro-negra não deveria incomodar, mas é melhor tomar cuidado pois isso já nos tirou um título pernambucano.
Em 2006 o Santa venceu o primeiro turno do pernambucano e lutava pelo bicampeonato. No primeiro turno haviam sido marcados 5 pênaltis em favor do time coral (todos corretamente, diga-se) e isso foi o bastante para que a então diretoria do Sport colocasse a tática do batedor de carteiras. Homero Lacerda ia a todas as rádios acusar um favorecimento ao Santa Cruz por parte dos árbitros, que o Sport era prejudicado e blá, blá, blá... Como a diretoria tricolor (na época presidida pelo desastroso Romerito Jatobá) se calou, a conversa de Homero ganhou corpo e a arbitragem começou a sabotar o time Coral. Na 7ª rodada do segundo turno o Sport liderava com 1 ponto a mais do que o Santa, uma vitória no clássico contra o time da ilha e passaríamos a frente, venceríamos o segundo turno e seríamos bicampeões. O que aconteceu? O Sport só empatou o jogo porque a arbitragem anulou um gol legalíssimo de Júnior Maranhão que daria a vitória e a liderança do turno ao Santa. No dia seguinte Homero Lacerda e os demais diretores do Sport se mantiveram calados, a estratégia havia dado certo e o Santa, com sua carteira roubada, nada podia fazer. Para os rubro-negros pressionar a arbitragem valeu muito e é isso que eles tentam fazer agora.
O Sport entrou nessa de desviar a atenção para arbitragem para não levantar a questão de como é bem possível que esse ano o Santa seja de novo campeão com uma folha salarial 3 vezes menor que a do elenco rubro-negro (Santa tem folha de 500 mil enquanto o Sport de 1,5 milhão), que mesmo duas divisões abaixo no cenário nacional o Santa vença mais uma vez.
O Santa Cruz Futebol Clube está voltando a ser o grande clube que nunca deveria deixar de ter sido, tem sido bem administrado e tem tido bons resultados em campo. Nas arquibancadas, nas audiências de TV e nas camisas nas ruas a maioria Coral é esmagadora, e isso incomoda aos Outros FC .
Vamos ganhar mais uma vez com a raça em campo e o grito das arquibancadas e nenhum juiz covarde vai nos impedir. Aos diretores e torcedores do Sport restará o que vai ser rotina para eles nos próximos anos: choro livre

Para encerrar uma pequena foto da nossa torcida no jogo de ontem:

 
Segundo o jornalista Cássio Zirpoli o público de "apenas" 24.525 pessoas é muito difícil de acreditar. Com certeza tinha bem mais.


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