Nota 1: esse texto, assim como todos os textos deste
blog, é escrito de uma única tacada, sem muito refino ou revisão. Escrevo da maneira
como a idéia sai na hora pois não disponho de muito tempo para editar e
corrigir, daí então ser comum que existam pequenos erros de pontuação, repetição
desnecessária de palavra.
Nota2: meu blog não
tem a mínima pretensão de ser científico, é só uma tribuna onde prego no
deserto as minhas idéias. Apesar de que em alguns textos meus há uma clara
influência dos livros que li em minha vida acadêmica, eles (os textos)são
opiniões particulares não devendo ser confundidos com artigos de ordem
científica,ou verdades pretensamente absolutas. A enorme introdução que
pretendo fazer é baseada em algumas leituras estudos que vivi, mas não está
sistematizada a ponto de ser chamada de “científica”.
Nota3: a intenção do
blog não é insultar ninguém, mas promover uma discussão para aqueles que se
aventurarem em ler o texto. Interpretações equivocadas não são culpa minha.
COMO ELE FOI ELEITO?
O maior choque de realidade que a
política me impôs foi a vitória esmagadora de Toinho do Pará para a prefeitura
de Santa Cruz do Capibaribe em 2008. Pela primeira vez fiquei realmente afetado
com o resultado de uma eleição, passei a pensar sobre o impacto social da
democracia e a maneira como o cidadão comum maneja em sua cabeça o que é a
política.
Para entender o que quis
expressar no parágrafo acima é importante tomar nota de algumas considerações:
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
É comum que grupos detentores
de alguma forma de poder ou de conhecimento específico demarquem um “limite de
atuação” claro que impeça membros de outros grupos de estabelecer uma crítica
consistente sobre eles. É uma estratégia interessante no sentido que agrega
valor aos membros deste determinado grupo, uma vez que pessoas de fora que venham
a depender deste poder ou conhecimento estão em situação de total vulnerabilidade
aos detentores deste mesmo conhecimento. Em outras palavras podemos dizer, a
título de exemplo, que é como se um grupo social transformasse seus saberes em algo indecifrável para aqueles não fazem
parte do meio, e caso estes venham a precisar destes conhecimentos entram
nestes espaços determinados em posição de quase completa subserviência e
dependência, tornando-se vulneráveis as vontades daqueles que dominam tais
práticas.
A estratégia consiste então em
transformar certos conhecimentos em linguagens que seriam indecifráveis pelo
cidadão comum. A intenção é fazer claramente com que ele não entenda como se
tramitam e resolvem as questões relativas a esses saberes específicos, tornado
se assim, caso necessite utilizar destes conhecimentos, em uma figura que entra
nessas questões em total espaço de subserviência e dependência. Isso agrega
valor aos membros deste grupo. É como se a ética dos mágicos, que guardam a
sete chaves os segredos da sua profissão, fosse vivenciada por quase todos os
grupos sociais estabelecidos e percebidos como tais. Advogados guardarão para
si e seus pares os segredos do Direito, médicos também farão o mesmo em suas
áreas de atuação, assim como se sucede com acadêmicos em geral, professores,
economistas, entre muitos outros e, é lógico, os políticos.
Sem entender como se tramitam e
resolvem as questões relativas a esses grupos, o indivíduo médio torna-se, caso
venha a necessitar de algum destes conhecimentos, em uma vítima indefesa dos
membros destes grupos.
Para exemplificar o que citei
acima é só pensar que a linguagem utilizada por advogados, juízes e
economistas, bem como as regras de atuação específicas a esses segmentos são
indecifráveis para um leigo, tornando quase impossível que este possa entender
por simples associação de idéias os temas tratados pelos membros destes grupos.
Qualquer um que conversa com advogados ou economistas, só pra ficar em dois
exemplos, entende pouca coisa sobre o que falam esses dois profissionais devido
estes saberes serem dotados de uma linguagem específica feita para serem
dominadas exclusivamente por seus membros, não pela pessoa comum. Assim aqueles
que necessitarem da atuação destes profissionais tornam-se quase que reféns
deles.
É importante lembrar que
dentro destes grupos detentores de um conhecimento específico existem vários
pontos de vista, disputas ideológicas, discordâncias e rivalidades por vezes
extremas, mas essa linguagem (que é adotada por todos os membros numa clara
ação corporativa conjunta) faz com esse grupo pareça coeso e detentor de uma
verdade única das quais os não-membros são dependentes.
Calma que vamos chegar em Toinho, paciência...
A classe política também se
encaixa nesse conceito de expressei anteriormente. Alguns podem discordar e
dizer que os políticos não são um “grupo social específico” uma vez que os que
ocupam os cargos são representantes de segmentos sociais por vezes antagônicos,
que não caíram de pára-quedas cargos que ocupam pois para isso antes tiveram
que ser eleitos pelo voto, ou que a política numa democracia representativa é
expressão maior da vontade do povo. Tudo isso são balelas. A classe política
se reconhece como tal e, a despeito de suas infinitas diferenças ideológicas
internas, cria toda uma blindagem para sua atuação através da elaboração de uma
linguagem específica e de toda uma série de trâmites que impeçam o cidadão
comum de discutir de forma coerente a ação dos poderes políticos instituídos. A
ação parlamentar, o texto das leis, o tecnicismo das falas, entre outras
estratégias, são formas de impedir esse homo
vulgaris em ter uma inserção autônoma no espaço da política.
Mas a classe dos políticos até
pode criar maneiras de impedir um conhecimento profundo da política, mas não
pode impedir as populações (essas massas supostamente “incultas’) de criar seus
próprios sentidos para a política, assim como criam seus próprios sentidos
para outras coisas.
Num contexto onde a política é
feita justamente para que as pessoas não entendem, mas onde, paradoxalmente,
elas são obrigadas por lei a participar não há como impedir que as populações
driblem essas proibições não declaradas e reinventem para si próprias o sentido
da política. Ao criar um sentido particular para o poder e para a política
a “plebe rude” força os poderes políticos a cortejá-la, a seduzi-la, a
referendar valores que são aceitos por ela ainda que esses nada tenham a ver
com a vida política, a ação legislativa
ou a administração pública (pelo menos não imediatamente).
Um grupo político, ou um político
capaz de perceber e criar uma imagem pública que esteja de acordo os simbolismos
depositado pelas massas na política, tem o sucesso eleitoral quase garantido.Por isso os partidos e candidatos gastam quase nenhum tempo no debete político propriamente dito e investem muito mais na criação de uma imagem identificada com os valores socialmente aceitos. É
daí que começo minhas conjecturas sobre como um completo idiota, um desastre
anunciado como Toinho do Pará foi eleito prefeito de Santa Cruz do Capibaribe.
A TRAJETÓRIA ATÉ O DESASTRE
Os “taboquinhas” chegaram ao
poder em 2000 já se mostrando mais sintonizados na arte de manipular esses
sentimentos populares sobre a política. Não que tenha sido apenas por isso, existem
méritos políticos claros na vitória taboquinha em 2000, mas desde ali o grupo
liderado por José Augusto Maia já sabia como seduzir as massas ao captar a maneira
sub-reptícia como o povo reinventa a política. Enquanto os “bocas-pretas”
apelavam ao tradicionalismo e ao partidarismo, José Augusto (que tinha Toinho
do Pará por seu vice) apelava uma
suposta luta contra os poderosos, contra os ricos insensíveis com as
necessidades dos pobres, com aqueles que supostamente usariam o poder para
promover apenas sua riqueza pessoal. A vitória nas urnas em 2000 serviu para
carimbar de vez um estigma sobre os adversários como atrasados, elitistas,
anti-povo, esnobes, etc.
Para se entender como esse
discurso, essa estratégia foi eficiente
é só pensar em Santa Cruz do Capibaribe como uma cidade industrial que se
formou a partir da exploração de mão-de-obra barata, sem garantias
trabalhistas, onde as margens de lucros dos patrões eram altas (pelo menos na
época da explosão da confecção por aqui), onde devido a altíssima sonegação de
impostos o poder público não tinha recursos para estruturar a cidade, e onde as
elites e famílias tradicionais se engalfinhavam pela posse do poder. Santa Cruz
cresceu então com uma elite pouco escolarizada, espalhafatosa, exibicionista, e
incapaz de pensar algum projeto coletivo para a cidade. Lutar pelo poder
sempre foi uma forma das famílias conseguirem mais estatus e benefícios; mas
dividir com as pessoas? Ah, você deve estar brincando... Ao povo restava
trabalhar pesado e buscar ascender socialmente numa cidade que vendia a ilusão
de que pra ficar rico bastava querer. O fato é que se criou uma grande massa
de trabalhadores que ralavam muito e iam
sobrevivendo (em condições muito melhores
do que em grande parte do Brasil, é verdade) e uma elite cada vez mais esnobe e
deslumbrada.
Não se deve pensar que por serem
pouco escolarizadas as classes mais humildes de Santa Cruz do Capibaribe tinham
um nível zero de compreensão da sociedade. Provavelmente o homo vulgaris santacruzense não tem uma
visão articulada sobre a realidade, mas a sente a realidade na própria pele,
percebe que nos tempos de crise é sobre ele que recaem as demissões, o desemprego,
o arroxo de salários enquanto os ricos continuavam mantendo suas riquezas as
custas da precarização da vida do cidadão comum. Não precisar ser gênio para
perceber a cidade abandonada, sem estrutura mínima. Se não havia articulação
política das classes populares para lutar contra esse quadro (talvez devido a
baixa escolaridade e a mentalidade individualista da população [isso é só uma
hipótese]), havia o sentimento de revolta dentro dos corações e mentes, os
taboquinhas apenas o captaram e o usaram para si.
Durante os 8 anos do governo José
Augusto a manipulação destes sentimentos se tronou cada vez mais clara,
transformada até em canções pelo próprio José Augusto (meu TCC foi sobre o
impacto das canções compostas por ele nas eleições entre 1998 e 2004). Diante dos acertos e erros de seu governo
José Augusto Maia passou cada vez mais a imagem (falsa) de que seu governo
contava com participação do povo (o que claramente era uma mentira) e de que
lutava contra os “poderosos”.
Esses poderosos não tinham
nome, pois, logicamente, esse discurso era uma farsa completa. Durante o
governo de José Augusto houve acertos (em quantidade, para sermos justos), mas
também se formou nitidamente uma classe de poderosos sob a permissão e
supervisão dele e seu grupo político. Surgiram donos de rádios comunitárias
(uma clara ilegalidade), a especulação imobiliária atingiu níveis que passam do
absurdo, a doação ilegal de terrenos públicos para pessoas ligadas ao grupo
político, um show de irregularidades diversas em licitações e até o desvio do FGTS
de funcionários públicos municipais (em especial dos professores). Mas com
o discurso cristalizado ficava fácil vender a versão de que essas acusações
eram ataques dos adversários supostamente com raiva dos “benefícios gerados
para o povo”. E tome música chorosa cantada pelo Zé Augusto, tome as rádios
vendidas manipulando informações, tome zombaria promovida pelo próprio prefeito
e vereadores contra os adversários e por aí vai...
Nesse meio tempo Toinho do Pará
elegeu-se duas vezes Deputado Estadual e foi um completo inoperante. Nunca
promoveu sequer uma prestação de contas sobre seu mandato parlamentar, ficou na
sombra de Zé como sempre fez. Em 2008 chegava a hora de do partido “taboquinha”
escolher o novo candidato, e foi Toinho. Do outro lado os “bocas-pretas” vinha
passando por mudanças e candidatou-se Edson Vieira, que vinha em franca
ascensão política.
Pelo menos 1 ano antes o governo
já andava meio mal das pernas, cambaleante financeiramente e a cidade ia
tomando ares de abandono, obras inacabadas e o caos no trânsito demonstravam o
claro desgaste do governo, que teve inúmeras de suas contas rejeitadas pelo
TCE.
O claro desgaste do governo,
junto com o frescor da ascensão de Edson Vieira, bem como a postura inoperante
de Toinho do Pará como político encheram os “bocas-pretas” de esperança. Edson apostou
no fato de aparentar ser mais preparado para exercer o cargo, Toinho apostava
em dois golpes que se mostrariam certeiros: o apelo a figura quase mítica de
José Augusto na época e nos ressentimentos populares em santa Cruz do povo
contra as “elites”.
Toinho deu no decorrer da
campanha de 2008 um espetáculo de como não se portar em público. Era uma figura
dantesca, de doer na vista e no juízo de quem leva política minimamente a
sério. Demonstrava total desconhecimento sobre as atribuições de seu cargo, era
incapaz de manter uma idéia coerente caso questionado, repetia a exaustão
jargões indicados por seus marketeiros (repetia a palavra “punjante” mesmo
quando essa não mais cabia em nada), discursava sofrivelmente e no único debate
entre os candidatos deu respostas no nível da idiotice.
O fato é que justamente esse
comportamento de Toinho talvez tenha sido fundamental para ganhar a eleição de
forma tão enfática. Os seus traços grosseiros, suas falas desconexas, suas
respostas simplórias aproximou ainda mais o eleitorado mais humilde de sua
figura. Lembro de ter ouvido da boca do candidato Edson Vieira que havia
uma grande dificuldade dele em penetrar nas camadas mais pobres da cidade. Some-se
que na época o mito Lula estava no auge,a maioria das pessoas viam nele um
exemplo de político que deveria governar.
O sucesso eleitoral de Lula
lançou dentro das cabeças a ilusão de que o bom político não deveria ser um
técnico, alguém com formação acadêmica
ou sucesso empresarial, mas sim homens humildes, que supostamente conheceriam a
realidade do povo e que por isso supostamente ele saberia encontrar soluções
fáceis para os problemas. Alguém que governaria com o coração e simplesmente
mudaria o foco da máquina pública em direção a promoção do bem estar dos mais
humildes. Vendeu-se a ilusão de que o poder pode ser exercido sem problemas por
um mero ato de vontade e que se a origem social de um político é humilde então
isso seria um pré-requisito para que ele fosse um bom governante, se o candidato
fosse de origem rica ele seria então automaticamente um “inimigo do povo” e só
pensaria em beneficiar os ricos.
Toinho se aproveitou muito dessa
representação positiva que reinava quanto a sua figura. Escondeu todo seu despreparo
no fato de que era um homem do povo, de fala incorreta, mas que sabia o que o
povo passava, que seu adversário era um riquinho que estava na política por
interesses particulares. E não adiantava tentar explicitar a falta de capacidade
de Toinho, isso era interpretado como ataque pessoal e não como uma constatação
evidente (o que era de fato).
Daí seguem-se músicas falando da
origem humilde de Toinho do Pará e outras falando que o candidato adversário
lavaria as mão com álcool depois de cumprimentar os pobres. Segue-se a dizer que
Toinho do Pará nunca estudou mas sempre trabalhou pelo povo (fazendo o que?)
enquanto o adversário “comprou anel de doutor”.
Enfim, a antipatia nutrida pela
maioria da população humilde contra os ricos mais uma vez se refletiu na política,
o candidato adversário passou a representar a elite egoísta formada por patrões
mesquinhos. A eleição então se tornou a forma que a população encontro de se
vingar desta “elite mesquinha”. Não importa se o seu patrão vota no mesmo
candidato que o seu, importa que o candidato dos ricos é o outro e ele deve ser
derrotado.
A campanha de Toinho ganhou
esse aspecto da mais vil vingança, algo claramente alimentado por ele e seus
aliados em canções discursos e etc. O falas das ruas bradavam palavras de zombaria
,vingança e rancor. O nível de revolta era tal que perdeu-se totalmente o que
restava de senso crítico quanto ao que era dito em palanques, em um comício o
candidato Toinho do Pará chegou a dizer: “O candidato do outro lado diz que é o mais
preparado, preparado, que eu saiba, é um prato de cuscuz com sardinha” (antes que algum desinformado pense que é
piada, garanto e tenho como provar com testemunhas, muitas por sinal, que ele
disse isso. Essa foi uma das menos horríveis, diga-se). A campanha de Edson
Vieira, apelando ao fato dele ser supostamente “o mais preparado” e atrelada a
sua falta de carisma, via-se de mãos atadas ante a uma ofensiva tão forte e
também que estava em sintonia profunda com os sentimentos que o povo levava
para a política naquele momento.
Esse sentimento refletiu-se nas
urnas com uma vitória acachapante de Toinho do Pará: 2991 votos de vantagem,
até hoje a maior vitória eleitoral nas eleições.
O resultado todo mundo sabe, o
governo municipal que já dava claros sinais de desgaste desde 2007 apenas
seguiu seu rumo e terminou por desmantelar de vez o município. O governo de
Toinho pode ser taxado claramente de desastroso, menos por culpa dele e mais
pela herança maldita deixada por seu antecessor. Em quatro anos a prefeitura
sucateou todo o maquinário público, transformou a saúde municipal no paraíso
das negligências médicas, o que custou algumas vidas, a estrutura da educação
foi a um nível desprezível, faltando até água de boa qualidade para os alunos
beberem (só não ficou pior pela ação heróica dos professores do município, que
seguraram as pontas como dava), apenas na questão dos salários do
professores Toinho merece elogios (mas salário, por mais importante que seja,
está longe de ser tudo na educação). Isso para não citar desmandos em todas as
outras áreas, que se fosse citar aqui o blog não suportaria a quantidade de
texto (se é que alguém vai já agüentar ler esse texto enorme que fiz).
Hoje, dia 30/12 é o penúltimo dia
desse governo nefasto, que de tão ruim destruiu até a figura do político mais
vencedor eleitoralmente em Santa Cruz do Capibaribe, o José Augusto Maia. A
derrota do Maia é um castigo justo pelo desmantelamento promovido por ele e seu
grupo no município. Não há figura mítica ou heróica que resista a desmandos
diversos, como merenda escolar ruim, hospitais sem médicos e remédios, ruas
esburacadas, especulação imobiliária, fraudes e rejeição de contas no TCE. Nem mesmo
a ação parcial de duas rádios FM puderam salvar o grupo taboquinha e seu
semi-deus da derrota eleitoral. Como disse anteriormente neste texto, não é
porque a população é pouco escolarizada que não saiba entender a realidade, o
erro de José Augusto foi pensar que todo mundo era burro de continuar votando
nele e em seus aliados mesmo com desastre em marcha comandado por ele e seus asseclas
apenas por que ele um dia se apropriou de um discurso que se mostrou eficiente.
Apelou para o ódio, para o rancor e para o preconceito, não teve a hombridade de
levantar um debate político sério sobre o município e sua realidade, achou que
sempre seria capaz de manipular a todos. Agora vive de mastigar o rancor da
derrota, espero que esse seja apenas o início de uma longa derrocada política.
Desejo que seus algozes não tenham misericórdia.
Ao grupo vencedor e seu prefeito
Edson Vieira prefiro manter um conveniente silêncio. O futuro dirá se eles
mereceram a chance que tiveram ou terão que ser esquecidos, mas contam com a
minha torcida. Estou claramente otimista.
Desejo a todos um 2013 de paz,
alegria e vitórias contra a tirania.